quarta-feira, 27 de julho de 2011

A “Consagrada Família”


O Presidente da República, Eng.º José Eduardo dos Santos, orientou, na sequência de uma proposta avançada por um (ou uma) anónimo/a – anónimo/a para o restante povo, para ele não -, a criação de uma espécie de comissão atípica com a designação de Grupo de Revitalização e Execução da Comunicação Institucional da Administração (GRECIA), com missão de prestar contas ao ministro de Estado e Chefe da Casa Civil, Carlos Feijó. Na prática, porém, segundo parece, quem põe e dispõe é um coordenador, Sérgio Neto, actual director executivo da Semba Comunicação, e este, por sua vez, não teve dificuldade nenhuma em subcontratar a empresa que ele próprio gere, a dita Semba, a dos filhotes do PR, como entidade a quem foram delegadas competências para fazer, em geral, a gestão da imagem do governo da República de Angola, numa harmoniosa parceria, vai de si, firmada com a Presidência. Ficou, portanto, tudo em família e assim é que está bem. Nesta empreitada tipo pára-brisas a eventuais nocivas lufadas de ar fresco, com tendências constantes de oxidar a imagem do PR, já foram contratados consultores estrangeiros que auferem um ordenado de 10 mil dólares, sem contar subsídios diversos, enquanto os consultores nacionais recebem por mês o correspondente a 5 mil dólares americanos. Dada a opulência dos emolumentos a diferença nem se vê, apesar de serem de algum modo humilhantes. São belíssimas “fezadas” para os felizes optados de cá, ou seja, Victor Fernandes da revista Expansão, os jornalistas Alexandre Cosse e Benedito Joaquim, trânsfugas da Rádio Ecclesia, Rui de Castro, ligado pelo coração e porta-moedas ao MPLA, sem esquecer o inefável Belarmino VanDúnen, esse espectacular “Yes man” que um dia, no Semana em Actualidades, tentou propagar a ideia de que os cadernos eleitorais eram folhetos descartáveis, quer dizer, ali temos mais um democrata de mão-cheia! Quando dizíamos que a campanha eleitoral tinha começado, eis uma prova suplementar, em forma de rectificação das alegadas calinadas cometidas por Mena Abrantes (ler nesta página, Patinagem presidencial).

Patinagem Presidencial
É verdade, custa dizê-lo, esta jogada da GRECIA, preparada no campo de treinos do Futungo, teve como doloso resultado um brioso e fidedigno vencido com o esvaziamento de competências do Secretário para a Comunicação Institucional da Presidência da República, Mena Abrantes. É que, para salvaguardar a eficácia que o progresso se esforça por instaurar em Angola, no sentido de aumentar a sacrossanta competitividade das economias modernas, a amarga decisão impôs-se como um retroviral perante o facto consumado de as gafes de JES terem infectado de modo irreversível a reputação desse ilustre dramaturgo, encarregado e responsável pelo velório dos ditos, dos não ditos (a maka do autismo executante), do dito por não dito e doutros contraditos de JES.

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