sexta-feira, 8 de julho de 2011

MPLA e os seus corruptos vitalícios


Quando a maldade se mistura a insensatez, a estupidez e a hipocrisia, nada pode ser bom e ter caráter nacional, nem mesmo o Jornal de Angola, o maior protagonista do tráfico de influência no país, do culto de personalidade e o maior anteparo da corrupção, que uma quadrilha de bandidos, tidos como governantes, poderiam ter como proteção. Nada protege melhor os corruptos, em Angola, que o famigerado Jornal. Nem a inexistência das leis contra aqueles são tão eficientes assim.

Nelo de Carvalho*

O Jornal de Angola, hoje, é a Acrópoles de tudo o que há de mais podre e indigno nesse país. Para os corruptos angolanos, incluindo a própria Ministra da Comunicação Social, o espaço que existe entre o Céu e a Terra são poucos para que o Jornal de Angola tenha a titularidade que merece: o melhor de todos os Jornais! Para as vítimas da corrupção o Jornal de Angola é mais um desses patrimônios com finalidades obscuras, uma entidade que foi tomada por assalto. O Jornal de Angola é uma instituição com a imagem e a semelhança de seus atuais proprietários: ilegais, mas “são”! A imagem e semelhança de estarem no mesmo fosso e de quererem a todo custo tentarem transparecer que sua existência -distorcida-, seus atos, beiram a normalidade.

Como sempre, na sua missão de “benevolência”, o MPLA e os seus corruptos vitalícios estiveram detrás das instituições, quer nacionais como estrangeiras, na luta pela legitimidade do que há demais sagrado – a conquista de corações-, tudo passou a ser bom dependendo do que se quer defender e alcançar. Qual instituição não seria perfeita e boa se sua missão consistira simplesmente manter o que aí vemos, ergue-se e está: o fantasma da institucionalização da corrupção.

Quando algum funcionário, ministro ou dirigente do insigne governo aparece para nos alertar dos seus atos moribundos a impressão que se tem é de que a corrupção está revolucionando, pela primeira vez, um país. Enquanto no resto do mundo a mesma é combatida, expelida longe da vida social e da civilização, em Angola aparece como revolucionária e clarividente. Falta pouco, mas pouco mesmo, e não vai tardar um dia destes em grandes manchetes o adorado Jornal, o melhor, o transparente e informativo Jornal, trazer em sua primeira página, com todas as letras: Viva a Corrupção! Como faziam com as expressões “ Viva o Poder Popular”, “o MPLA é o Povo e o Povo é o MPLA”.

Não é pouco o que o Jornal de Angola nos trás. Para que mencionar e cair em redundâncias? Pode até parecer perseguição de quem escreve. A perseguição que eles não têm com os corruptos. Pode parecer uma espécie de elogio oculto, macabro e até safadeza (o elogio safado e pornográfico!); o elogio que eles têm por excesso, e toda falta de vergonha, com os corruptos. Pode parecer inveja; a inveja que eles não têm, se tivessem o mínimo de educação com quem é digno e honrado na hora de se dizer a mínima das verdades, com as pessoas decentes. A verdade que dá prazer e transe de se dizer. A verdade que desafia e põe tudo em disputa; tudo a descoberto.

O mínimo aqui pode ser o que é frágil, débil, mas é o que balança a todos. Mesmo porque a verdade precisa do suficiente para vingar: nascer! É o mínimo que o Jornal de Angola precisaria para restabelecer seu antigo proprietário: o Povo, a Nação!

E, talvez, quando estiver em mãos de quem de direito pertence não precisará de elogios, vindo de quem mais deseja a sua morte.

*No Brasil

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