No mesmo dia (07.07) em que a Amnistia Internacional exigia a libertação do activista angolano Agostinho Chicaia, preso há mais de duas semanas no Congo, acusado de participação no ataque à equipa de futebol do Togo, no ano passado, o governo angolano, instruía, segundo uma fonte do F8, o regime aliado de Kabila Júnior a libertar o cabindense.
“Agostinho Chicaia está (esteve) detido arbitrariamente há mais de duas semanas, sem culpa formada. Deve ser imediatamente libertado”, reclamava a Amnistia Internacional, em comunicado enviado ao F8.
A detenção de Chicaia verificou-se no dia 20 de junho, quando o engenheiro agrónomo de formação, que reside há dois anos em Ponta Negra, na República do Congo, se preparava para viajar para Harare, capital do Zimbabwe, na qualidade de coordenador do Projeto Transfronteiriço do Mayombe, do Programa das Nações Unidas para o Ambiente e da União Internacional para a Conservação da Natureza.
Segundo as autoridades congolesas, o activista natural de Cabinda e ex-presidente da extinta associação Civica Mpalabanda, foi detido por fazer parte de uma lista de 25 indivíduos com mandado de captura por crimes de terrorismo, emitido pelo governo angolano. O activista cívico foi então acusado de ter participado em 2010 num ataque ao autocarro da seleção de futebol do Togo, em Cabinda.
“A polícia da imigração do Congo informou-nos que o libertará se receber instruções nesse sentido das autoridades angolanas. As autoridades angolanas devem intervir de imediato para garantir a sua libertação”, exigiu a Amnistia, o que felizmente, veio a acontecer, mas sem antes o lençol do regime ter ficado uma vez mais manchado, com a perpetuação das arbitrariedades.
Nenhum comentário:
Postar um comentário