Alpha Condé, que liderou durante décadas a oposição na Guiné-Conacri, foi no dia 21 investido presidente, seis semanas após as primeiras eleições livres na história da antiga colónia francesa, independente desde 1958.
Com 72 anos, Alpha Condé, que vai governar pela primeira vez, prometeu "uma mudança radical das práticas de governação após 50 anos de ditaduras".
Segundo a televisão nacional, para a cerimónia participaram quinze chefes de estado, tendo sido anunciadas as presenças de Malam Bacai Sanha, da Guiné-Bissau, Abdoulaye Wade, do Senegal, Amadou Toumani Touré, do Mali, Ernest Koroma, da Serra Leoa, e Ellen Johnson Sirleaf, da Libéria. Denis Sassou Nguesso, do Congo, Blaise Compaoré, do Burkina Faso, Ali Bongo, do Gabão, e Jacob Zuma, da África do Sul.
Angola esteve representada pelo ministro dos Negócios Estrangeiro, Jorge Chicoty, e Cabo Verde pelo Presidente da República, Pedro Pires.
Em representação da França esteve o ministro da Cooperação, Henri de Raincourt, que anunciou "o reforço da cooperação francesa com a Guiné-Conacri", segundo Paris.
Condenado à morte durante o regime do Presidente Ahmed Sékou Touré (1958-1984), Alpha Condé foi preso durante mais de dois anos quando o general Lansana Conté (1984-2008) governava o país.
Alpha Condé prestará juramento diante do magistrado que o condenou em 2000 a cinco anos de prisão "por atentar contra a segurança do Estado", o atual presidente do Supremo Tribunal, Mamadou Sylla.
A cerimónia do juramento decorre no Palácio do Povo, o mesmo onde em 2004 o general Lasana Conté se fez investir Presidente após eleições consideradas fraudulentas pela comunidade internacional em que recolheu 95 por cento dos votos contra um candidato praticamente desconhecido.
Conté permaneceu no poder 24 anos, até à sua morte em 2008, a que se seguiu um golpe de Estado liderado pelo capitão Moussa Dadis Camara.
Moussa Dadis Camara encabeçou durante um ano uma junta militar, cuja gestão ficou marcada pelo massacre de mais de 150 opositores e por uma tentativa de assassínio.
No início deste ano, o antigo "putschista" Sékouba Konaté foi encarregado de levar o país a eleições livres. Num decreto divulgado na noite anterior a posse, Konaté sublinhou que a transição terminou e que a investidura de Condé marca "o regresso à ordem constitucional".
Alpha Condé venceu a segunda volta das eleições presidenciais, a 07 de Novembro, com 52,5 por cento dos votos contra 47,5 por cento do primeiro-ministro Cellou Dalein Diallo, que aceitou os resultados definitivos apesar de ter alegado a existência de fraudes.
Cellou Dalein Diallo, que não assistiu a cerimónia de investidura por se encontrar no estrangeiro, já fez saber que não pretende trabalhar com o seu rival.
E qndo chegará tmbm a nossa vez. É uma vergonha os PR africanos q se mantem no poder por mais de 20 anos.
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