A incerteza da paternidade é tão antiga como a própria humanidade. Na espécie humana a concepção ocorre no corpo da mulher e não admite testemunhas. Não é à toa que nas culturas africanas e não só, os filhos das filhas ou das irmãs, ganham preponderância sobre os filhos dos filhos ou dos irmãos. Na sabedoria popular "os filhos das filhas meus netos(as) são, mas os filhos dos meus filhos serão ou não!"
Rúben Ndovala
Desde Julho de 1985 que o teste de paternidade tornou-se num instrumento para clarificar a relação familiar biológica entre os seres humanos com grande precisão.
Isto aconteceu há 25 anos, quando o geneticista inglês Alec Jeffreys publicou na revista Nature, a sua invenção de uma técnica laboratorial de determinação de paternidade, conhecida por Teste de DNA(Ácido Desoxirribonucléico) que permite comprovar com 99.9999 por cento de certeza, se um indivíduo é o pai biológico de alguém. Até à descoberta do britânico, o teste de paternidade era determinado pelo exame conhecido por Teste HLA, cuja confiabilidade era de 98.0 por cento, com uma margem de erro de 2 casos falsos positivos ou falsos negativos em cada 100 casos analisados.
Os teste iniciais de paternidade de DNA de Alec Jeffreys usavam como material essencial de base, o fósforo radioactivo. Esses exames com material radioactivo eram de difícil interpretação pelos leigos e os relatórios finais conclusivos demoravam vários dias para serem emitidos. A partir de 1990 os testes de paternidade de DNA tornaram-se mais simples, não necessitando para a sua realização o fósforo radioactivo, mas sim a técnica conhecida como PCR(Reacção em Cadeia de Polimerase), com resultados espectaculares conclusivos em menos de 24 horas.
Antigamente os testes de paternidade usavam como material biológico o sangue e/ou seus derivados. Nos dias de hoje, além dos produtos sanguíneos podem ser usados materiais biológicos como a saliva, células da bochecha, fios de cabelo com raiz, unhas, dentes, ossos, material de biópsias e tecidos fetais. A tecnologia está tão avançada que se pode fazer teste de paternidade pré-natal ou após a morte de alguém.
Os preços praticados para os teste de Paternidade usando a técnica de PCR para o DNA, estão a baixar consideravelmente, a medida que novos laboratórios começam a oferecer os seus serviços aos utentes.
Os preços a nível internacional variam entre 150 e 800 dólares norte americanos, dependendo do tipo de material biológico a analisar. A título de exemplo, existem testes TRIO destinados ao suposto pai, mãe e filho(a) e também testes DUO para suposto pai e filho(a).
Se for utilizado o sangue ou saliva para a determinação do teste de paternidade os custos podem atingir os 500 dólares, mas se o material a analisar for o cabelo, o preço sobe um pouco mais atingindo cerca de 800 dólares americanos.
Na capital angolana, Luanda, desde Abril de 2009, existe um laboratório com técnicos especializados, que se propôs realizar testes de paternidade de DNA praticando preços que rondam entre os 700 e 1250 dólares norte americanos. As amostras para os testes podem ser recolhidos na própria casa das pessoas interessadas. Para tal basta que se cumpram as recomendações do laboratório, que se compromete a enviar a residência dos utentes, os seus motoqueiros-estafetas para a recolha dos produtos biológicos a analisar para a realização do teste de DNA. Entretanto, há outros laboratórios de clínicas e centros de saúde espalhados por Luanda que procedem à recolha do material biológico para o teste de DNA. As análises são feitas no exterior do país e os relatórios contendo resultados conclusivos podem demorar um mês ou mais a chegar às mãos dos interessados.
eu tive um filho e pedi o teste de dna, o pai é um médico famoso , e me decepsionei com o resultado que foi negativo , o meu filho é a xerox dodele , exames podem ser comprados?
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