quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Planalto Central e Finanças. Recuperação do Caminho de Ferro e das reservas internacionais


O comboio deverá chegar em Agosto à província do Huambo, no planalto central, graças à conclusão das obras do Caminho de Ferro de Benguela, garantiu no dia 27.07, o ministro de Estado e chefe da Casa Civil da Presidência, durante uma conferência de imprensa, anunciando ainda que a chegada do comboio aquela província deverá coincidir com a inauguração do aeroporto local.
Ao apresentar o balanço do segundo trimestre das atividades do governo, Carlos Feijó disse que, cumpridos os prazos, o governo tem agora a preocupação de rentabilizar a infra-estrutura. “Está-se a fazer a sua reconstrução, logo, é preciso pensarmos rapidamente como é que estes caminhos-de-ferro se podem tornar rentáveis, sendo certo que, dos estudos de viabilidade económica feitos por empresas que gerem os caminhos-de-ferro e de outras contribuições, concluiu-se que se devem rapidamente dinamizar alguns processos relativos aos recursos mineiros”, acrescentando terem já sido apontadas três áreas de exploração mineira, sendo que, “pelo menos, em relação à Cassinga, espera-se que se possa ter uma primeira exportação de ferro em Janeiro de 2013”.
Disse ainda que “com a perspetiva de conclusão das obras dos Caminhos de Ferro, espera-se que, numa boa lógica empresarial e de rentabilidade, possam ser um instrumento essencial” para uma Angola “que se pretende uma plataforma logística, que pode servir diversos países da região, e não só”.
Por seu turno, o governador garantiu na mesma ocasião estar o governo a acompanhar com “profundidade e atenção” a economia americana de formas a preservar as suas reservas internacionais, estimadas até 30 de Junho em 21,4 mil milhões de dólares, das quais as autoridades têm procurado fazer “uma gestão equilibrada” das mesmas.
Entretanto, o governador do BNA disse acreditar que os Estados Unidos da América, cientes do papel que desempenham no mundo, saberão agir “com forte sentido de responsabilidade”, perante este tema de grande abrangência.
Ao nível interno, o BNA tem tomado algumas medidas como a diversificação da economia, diminuindo a dependência da venda do petróleo, e a preservação da moeda nacional, o Kwanza.
“As nossas receitas externas são essencialmente feitas em dólares americanos, o que nos coloca sempre sob algum nível de exposição e isso leva-nos ao tema da dualização da economia e a preservar e defender a nossa moeda”, sublinhou o governador.
Segundo José Massano Júnior, uma das medidas recentemente tomadas foi a proibição de concessão de crédito em moeda estrangeira para operações de curto prazo.
“Essa decisão vai já no sentido de irmos protegendo não apenas instituições financeiras, mas também empresas e famílias que se endividam em moeda estrangeira. A 30 de junho vínhamos com uma carteira de crédito na ordem dos 19 mil milhões de dólares e desse valor metade era concedido à economia interna”, explicou o governador.
Segundo o governante, no último trimestre e em função do comportamento do preço do barril do petróleo as reservas internacionais líquidas voltaram a crescer e ao longo deste ano já vai com 21,4 mil milhões de dólares.
A batalha política acerca do limite de endividamento federal, no próximo dia 2, prolonga-se há várias semanas e arrisca criar uma situação em que os EUA não possam financiar-se nos mercados, e portanto não tenha dinheiro para pagar aos seus credores.

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