quarta-feira, 18 de maio de 2011

A franqueza de JES


Graças à extraordinária abertura de espírito e grande vontade, serena e determinada, do presidente da República, o povo angolano ficou a saber, enfim, que nem tudo vai bem no “Reino do Ngola”, pelo contrário, o que ele teve a coragem de dizer é que praticamente tudo vai mal! No seu discurso de abertura da primeira reunião do Comité Central de 2011, quase ficamos assustados ao constatar o número de sectores que necessitam de uma reforma, tal como José Eduardo dos Santos orientou como sendo tarefa prioritária para 2011. É que, se partirmos do princípio que as reformas impõem-se quando as coisas não funcionam bem, praticamente nada funciona em Angola
A certa altura do referido discurso o PR disse: «Como prioridade para resolver durante todo o ano de 2011 estão também em carteira as reformas (…)», passamos a citar, do Banco Nacional de Angola e reforço do sistema bancário; das finanças públicas e da legislação sobre o investimento privado; fiscal, em particular e a tributária em geral do Sistema Nacional de Estatística e do Planeamento; do Sistema de Comércio Externo e Interno; do Sector Empresarial Público; Judicial; do Sistema de Defesa e Segurança Nacional Administrativa, do Sistema de Defesa e Segurança Nacional; Administrativa. Sabendo-se que continuam em curso as reformas da Saúde e do Ensino o constato é assustador. A pontos de nos perguntarmos o que é que não necessitou de reforma por ter funcionado mais ou menos bem em 2010. Mas o mais inquietante não é o país (Estado/MPLA) estar a precisar de tantas reformas, o que assusta ainda mais é a cegueira dos nossos governantes. Isto, se levarmos a sério a conclusão fenomenal de JES, que pontuou o seu discurso com a seguinte frase: «Esperamos que o ano de 2011 venha a ampliar e consolidar as conquistas até aqui já alcançada, sempre no sentido do progresso e bem-estar do povo angolano». Incrível!

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