domingo, 8 de maio de 2011

Aqui escrevo eu. William Tonet. Nossa pobreza é da ditadura e da corrupção


O caminho dos perversos é como a escuridão; nem sabem eles em que tropeçam. Prov. 4:19.

Oiço, ainda, ao longo dos dias, nos becos, nos passeios, nos candongueiros, nas aulas, nos cafés, os mais dispares comentários sobre o discurso do presidente do MPLA, no antes e pós congresso extraordinário, relativa a sua visão “demisionária” relativa a pobreza. “…É do tempo colonial… Já encontrei”, disse Dos Santos ao ponto de decepcionar e revoltar a maioria dos autóctones.

E na esquina adiante surge a outra pérola, “nós vamos ganhar as próximas eleições”. É wanga (feitiço) forte, vaticinar uma vitória de um acto tão distante.

Eu, por respeito a esta coluna, decidi, aqui, não comentar, melhor, não escrever, pela pobreza de conteúdo de algo que poderia ser melhor, para quem está tanto tempo no poder e que, afinal, para lá se perpetuar, precisa de blindar e alargar as rédeas dos seus caciques, para afinarem a forma de assassinar, selectivamente, todos quantos não dancem o seu batuque. Por isso, com a devida vénia: “VÃO TODOS P’RA ….. POBREZA.

E, aqui chegados, em função de ausência de instituições de Estado, mas PARTIDOCRATAS e habilmente manipuladas, não acredito haver condições para emprestar o meu voto, para legitimar uma farsa eleitoral.

Se a maioria dos autóctones sedentos de verdadeiras mudanças e da implantação de uma democracia real, interpretarem na plenitude estas palavras e comportamentos do partido no poder, podem avocar o seu direito de NÃO VOTAREM e desta forma corporizarem o DIREITO DE RESISTÊNCIA/DIREITO DE ACÇÃO POPULAR, inserido no art.º 74.º da “Constituição JESIANA”.

Isso porque havendo perspectiva de batota flagrante de nada valerá os angolanos participarem no “TEATRO DE FANTOCHES”, como figurantes.

É uma forma de os angolanos se manifestarem contra a fraude e a batota anunciada de perpetuação no poder de um regime que não cura pela transparência dos actos públicos.

Não havendo uma comissão eleitoral independente, vai continuar tudo na mesma e quiçá piorar o quadro de equilíbrio requerido.

Por este motivo me solidarizo, eu, também com a brilhante visão sobre perversão de Alejandro Bullón.

Assim temos que “perverso é aquele que busca o seu próprio caminho e insiste em andar nele. A sua vida é tenebrosa e escura. Não há luz. As coisas com ele nunca são claras, vive sempre mergulhado na ambiguidade e na penumbra. Pode até brilhar, mas é um brilho artificial.

O combustível que o alimenta é a vaidade, o orgulho e o egoísmo.

O problema do perverso não é somente o que faz, mas essencialmente o que é. Existem sombras no seu interior. Não é capaz de compreender a si mesmo. Vive confuso, nervoso e acaba por magoar e tornando infelizes as pessoas que o rodeiam.

O verso de hoje diz que os perversos “nem sabem em que tropeçam”. Não conseguem identificar a causa dos seus problemas e, em consequência, não encontram solução.

O perverso segue um caminho. Acha que o caminho que escolheu é o melhor. Confia nos seus sentimentos, nos seus conceitos e preconceitos. Endeusa a razão. Na sua vida não há lugar para a fé. Olha aos que exercem a fé como pessoas ingénuas, crédulas demais para viver num mundo de ciência e tecnologia. Mas não é feliz.

A escuridão não é símbolo de paz nem de felicidade. As sombras são assustadoras, e uma vida rodeada delas é necessariamente uma vida de medo. Para quem não conhece a Jesus, só existem duas maneiras de enfrentar o medo: Fugir ou agredir. Por trás de uma pessoa agressiva, frequentemente se esconde uma pessoa medrosa.

Este é um dia de decisão. Todos os dias o são. Viver na luz ou nas sombras. Eis a questão. Viver na luz é ser. Escolher as sombras leva ao não ser. Se você não é, não vive. Sobrevive. Apenas isso, mas a vida que Jesus oferece é muito mais do que isso.

Abra o seu coração e pense com a consciência não votando na fraude. Deixe entrar a luz. Ilumine o mundo ao seu redor. Aconteça. Não se satisfaça com ler a história, muitas vezes deturpada. Escreva-a. Com fé e crença é possível, mudar Angola, combatendo a PARTIDARIZAÇÃO DO ESTADO E A INSTITUCIONALIZAÇÃO DA BATOTA.

Enfrente este novo dia com altruísmo porque a sua vida não pode continuar presa as técnicas da trapaça, porque: “O caminho dos perversos é como a escuridão; nem sabem eles em que tropeçam.”

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