Apesar do desespero, destaca-se a intervenção singular e isolada de Russ Feingold, então Senador dos EUA. O legislador leu a reportagem de Mike Allen, no Wall Street Journal, sobre as constants Matanças e abusos nas Lundas e, a 24 de Junho de 2010, abordou a questão no Senado. ”A comunidade Internacional deve investigar esses relatórios para garantir que Angola cumpra, na integra, o seu compromisso para com o Processo de Kimberley. Caso contrário, deve haver consequências sérias
(in, Diamantes de Sangue de Rafael Marques)
Joffre Justino
Que momentos são estes que estamos a viver em Angola?Morrem militares das FAA num estranho acidente de aviação, manifestações estão a ser reprimidas violentamente e a originar regulamentações antidemocráticas, e a justiça alimenta essa violência enquanto nas aldeias e vilas morrem quadros políticos da Oposição!
Que se passa para Kalias Pedro morrer num acidente de aviação, para 21 Jovens serem condenados por estarem numa manifestação legal e para Januário Armindo Sikaleta ser assassinado no Bocoio?
Quem está a alimentar este recuo democrático, num processo de Democracia meramente formal, em um Estado que se deseja de Direito, mas, nesse plano, somente no formal, existente?
Até onde irá este recuo grave, este atentado a uma Paz que se dizia caminhar para a Democracia?
Pensam eles, os que empurram Angola para o totalitarismo outra vez, que esta crise global esconderá os malefícios dos seus actos?
Pois penso que estamos sim a assistir à tragicomédia das repetições e tão so!
Desastrosas repetições que conduzirão este regime em degradação ao suicídio se não for travada, com urgência, esta tendência!
Mas há novas gerações na cena política, com novas formas de agir e elas encontrarão as vias adequadas para aprofundar a Democracia formal instalada!
Democracia que tem de ser económica e social tanto quanto política e que porá fim a este degradar dos recursos naturais Angolanos que estão a ser aproveitados sobretudo por forças estranhas ao país e a gerar situações anti democráticas em regiões inteiras de Angola, neste caso que Rafael Marques relata no seu livro, à custa da exploração diamantífera!
Há que apoiar , em Angola, este combate entre os que desejam aprofundar a Democracia e aqueles que a desejam ver destruída, em nome de interesses espúrios e por isso há que expressar junto da Embaixada de Angola o repúdio face a qualquer tentativa de proibir a manifestação do Movimento Estudantil de 24 de Setembro, seja pela via da repressão policial seja pela via se “movimentações populares” organizadas através dos “funcionários públicos” pagos com os impostos de todos os Angolanos e para servirem todos os Angolanos.
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