Mesmo no início do Mundial de “Foot”, no passado dia 16.06.10, o comentador da Rádio Luanda Antena Comercial (LAC), Conceição Gaspar, descaiu-se numa frase que exprimia o que talvez ele não pense, dizendo que as vuvuzelas eram um “bom instrumento de apoio às selecções”, acrescentando, “a todas as selecções, pois não só sul-africanos como todos os adeptos das outras selecções adoptaram essa trompeta”. Mais tarde e ao longo dos dias e semanas que se seguiram, muitas foram as figuras públicas que deram a sua opinião, e, naturalmente, ela variou de umas para as outras. Mais recentemente, contudo, parece ter-se feito uma espécie de consenso na aceitação e mesmo no elogio das vuvuzelas, a partir de um falacioso argumento: o Mundial é em África, os forasteiros que se adaptem ao que é africano.
Ah, não!, não estamos de acordo. As vuvuzelas, por mais africanas que sejam, são uma ameaça para a saúde pública (mais de 130 decibéis cada uma a massacrar as orelhas), transformam os cânticos e as ondas sonoras tão expressivas das falanges das equipas num zumbido ensurdecedor de abelhões machos e o estádio num inferno sonoro. A cada um a sua opinião, esta é a nossa.
Imagem: www.ekgoodies.nl/
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