sábado, 18 de agosto de 2012

O Milagre Rarefeito. António Kaquarta



 “O mundo viveu sempre guerras terríveis, destruidoras e mortíferas, como são todas as guerras” A razão de ser desses acontecimentos tão catastróficos teve origem, na grande maioria dos casos, por existirem pessoas de desonestidade moral e intelectual, como é o caso do José Ribeiro do Jornal de Angola,  que, para efeitos de propaganda fanática, deturpa factos e realidades históricas.  O Ribeiro é uma fraude  em jornalismo, em história, em sociologia e em outras ciências sociais. O Ribeiro, não é jornalista, é um demagogo exageradamente mentiroso.
A bajulação do Ribeiro ao José Eduardo dos Santos revela um atraso mental tão tacanho que o José Eduardo dos Santos, se fosse verdadeiramente o Presidente da República, deveria sentir nojo desse ser rastejante, convidando-o a demitir-se ou ordenando o seu afastamento de um órgão oficial de informação, que deveria ser de todos os angolanos. Mas, como todos sabem, o José Eduardo dos Santos não é Presidente da República, optou por ser o Governador Geral, como muitíssimos mais direitos e poderes do que os que ocupavam esse posto no tempo do colonialismo. Este Governador Geral, pela ostentação demonstrada pelos seus familiares, generais e fiéis servidores em diGestão, governa-se muito bem, muitíssimo melhor do que os que exerceram essas funções durante o período colonial.
O Ribeiro, mercenário defensor de um partido que foi fundado como satélite do que czariava na União Soviética, ateu, agora acredita que estão a acontecer milagres em Angola. O José Eduardo dos Santos, a Isabel dos Santos e irmãos, o Kopelica, o Manuel Vicente, o Kundi Paihama,  o General Patónio, o Dino Matross, o Rui Falcão, entre muitos elementos da oligarquia, acreditam sinceramente de que, com as acções praticadas no Reigime Angolano, acontecem  milagres  na multiplicação de dinheiro nas suas contas pessoais e na ampliação de outros valores patrimoniais.   A Psiquiatria dos nossos dias explica, com facilidade, as crenças e visões do Ribeiro, que a ética reprova.
O Ribeiro vive numa paranóia constante, própria dos ditadores e seus fiéis seguidores,  inimigos da democracia, contra os partidos da oposição. Na tentativa de defender o Governador Geral, utiliza as estratégias usadas pelos fazendeiros brasileiros na manipulação da mentalidade dos cangaceiros, pobres de espírito e analfabetos,  para exercerem violência com o objectivo de manterem a injustiça social. O Rio Beiro deturpa a verdade histórica, porque é mentiroso, para  defender o partido que fuzilou dezenas de milhares de militantes e simpatizantes do MPLA e outros cidadãos inocentes, no 27 de Maio, o partido que iniciou a guerra civil em Angola.
Ninguém acredita de que o Ribeiro sofra de uma amnésia tão selectiva. A sua teimosia  propagandística demonstra uma exagerada desonestidade intelectual, com a deturpação dos factos históricos. O seu charlatanismo é tão doentio que chega ao cúmulo de afirmar que o Reigime Angolano tem uma imprensa livre, uma justiça independente, promove o combate à corrupção e defende o direito de cidadania. A prova em contrário, acerca do direito de cidadania, está nas elevadas percentagens de cidadãos angolanos  pobres e subnutridos, o que desmente a existência de um Estado Social.  Acerca da imprensa, da justiça e do combate à corrupção, a ecolália do Ribeiro só pode ser tida como anedótica,  de muito mau gosto.
O Ribeiro nada sabe, ou finge que não sabe, acerca dos investimentos e das despesas que os países desenvolvidos efectuam em promoção e assistência social.  Só um ignorante ou um mentiroso sem vergonha  poderá afirmar de que Angola, com o Estado Social,  despende “fundos que não têm igual, mesmo nos Orçamentos dos países desenvolvidos”. Se esta afirmação não fosse uma patética mentira, os cidadãos angolanos teriam um rendimento per capita e condições sociais superiores aos canadianos, alemães, suecos, noruegueses, dinamarqueses, suíços, austríacos, australianos franceses, ingleses, para dar só alguns exemplos.
Em Angola não estão a acontecer milagres. Milagre seria poder recuar no tempo,  até à década de setenta do século passado,   e fazer com que o MPLA não cometesse as atrocidades do 27 de Maio,  não iniciasse a guerra civil, arrastando outros movimentos políticos para “guerras terríveis, destruidoras e mortíferas”. Milagre seria existirem tribunais competentes e independentes para julgarem os cabritistas por corrupção, sem intimidarem o David Mendes, o Rafael Marques,  o William Tonet e outros, por desmascararem os cabecilhas cleptómanos do sistema. Milagre seria desmantelarem os milícias à civil e outros fardados de polícias. Milagre seria a repartição justa e equilibrada dos rendimentos nacionais. Milagre seria a devolução pelos bancos dos paraísos fiscais das verbas usurpadas pelo Governador Geral,  familiares, generais e os seus mais fiéis diGestores. Milagre seria a implementação dos valores que nortearam a revolução francesa e que foram adoptados pelos países mais desenvolvidos (patamar que Angola nunca ocupará, com as actuais políticas económicas e sociais do Governador Geral).  Milagre seria a promoção da inteligência critica, honesta e responsável, não o carneirismo fanático  vulgarizado pelo Ribeiro.
Milagre seria a multiplicação e repartição da riqueza por todos os angolanos, não o açambarcamento por alguns fulanos, como é o caso do José Eduardo dos Santos, da Isabel dos Santos e irmãos , do Kopelipa, do Manel Vicente, do Kundi Paihama,  do General Patónio, do Dino Matross, do Rui Falcão, entre outros elementos do Clube dos Novos Ricos, Desonestos.
Imagem: Aléxia Gamito

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