terça-feira, 28 de agosto de 2012

Crítica contra o António Kaquarta:


Defendo a criação de espaços de debate. Contudo, os debates devem ocorrer no justo respeito pelas opiniões de outros e sobretudo no justo respeito ao bom nome do nosso adversário de ideias. Do meu ponto de vista o articulista desta matéria perdeu a razão por ter atacado a pessoa de João Melo ao invés dos argumentos deste.

A urbanidade e o civismo são princípios sagrados a serem observados num debate. O caro António Kaquarta, pode até não concordar com a opinião de João Melo, mas de maneira alguma, deve e nem podia trata-lo por O João, Ó João, e por aí fora. Tal como o deputado João Melo mostrou um ar de arrogância e intolerância no seu artigo o mesmo acontece neste artigo. Minha observação
Eu,  António,
venho nesta ocasião
pedir desculpa a toda a Nação
por chamar João ao João,
perdão
pelo meu desmazelo,
ao João Melo.
Venho desta maneira reconhecer
de que ele é Cidadão de Primeira.
Só os que vivem com dificuldades para comer,
no musseque ou na sanzala da curraleira,
devido às consequências da corrupção,
é que se devem designar só por João
se for esse o nome no registo do nascimento.
Prometo ter mais tento
e muito cuidado
quando referir-me a Sua Excelência
o Senhor dePUTAdo,
com toda a deferência.
Juro que cumprirei as minhas promessas,
sem pedir meças
nem necessitar de bóias,
se ele abandonar a cultura das paranóias,
se, depois de mais uma Certa Vitória,
ele parar de tentar deturpar a História
e se, quando escrever no pasquim do seu Patrão,
revelar um mínimo de inteligência na argumentação.
O Senhor Nelson não vai à bola
com a minha arte e inspiração?!
Paciência. Devo a minha formação e motivação
à Universidade do Jornal de Angola,
pois tive o azar
de o meu pai não me mandar para Harvard,
porque nunca teve acesso ao dinheiro
que os políticos angolanos desviam para o estrangeiro.
Com toda a urbanidade e civismo,
mas sem qualquer servilismo.

Humildemente,
António, simplesmente.

O eleitor não decide quem vai ganhar. António Kaquarta



O eleitor não decide quem vai ganhar. O poder para decidir as vitórias eleitorais, sob a liderança do José Eduardo dos Santos, está delegado no JA, na RNA e na TPA e em outras instituições, sempre sob a liderança do José Eduardo dos Santos.
As “palavras do director”, aparentemente de origem bicéfala, com objectivos políticos e estratégias pré-definidas, impostas pelo comité central do partido no poder, são crónicas infantis. Elas resumem-se a histórias, muito mal contadas, em que existe sempre uma disputa entre os bons e os maus. Todavia, a opinião pública, nacional e internacional, sabe que muitos desses referidos como bons são bastante medíocres e os retratados como maus têm razão em muitos dos bons argumentos que apresentam para contestarem as intenções e práticas dos apresentados como bons, os medíocres.
Este reparo verifica-se pelo facto de as referidas crónicas não serem de opinião mas sim de bajulação, revelando a militância política dos seus autores, incapazes fazerem análises críticas inteligentes e independentes. Por outras palavras, os autores não são jornalistas, apesar de se colocarem na ponta dos pés a dizerem que o são. Eles fazem o frete, de uma maneira descarada, aos proprietários dos órgãos de informação, o poder e, em especial, ao José Eduardo dos Santos.
Ao mesmo tempo, é de lamentar que um órgão de informação suportado por dinheiros públicos, para além de cometer o pecado de ser exageradamente tendencioso no favorecimento politico de um partido, opte por atacar outros partidos concorrentes às eleições, com argumentos que revelam uma enorme ignorância dos autores, neste caso particular o Filomeno Manaças. Ele usa argumentos históricos, políticos e administrativos dos territórios de uma maneira ambígua, com muita demagogia e mentira, demonstrando ser um ignorante e charlatão na abordagem de certas matérias para as quais falta-lhe cultura geral e formação académica. Quem escreve “palavras do director” deve estar minimamente formado, deve ter tino na cabeça e não deve arremessar pedras que podem fazer ricochete e atingir o autor, desmascarando muita cobardia, megalomania, narcisismo, parolismo e ignorância do agressor, neste caso do Filomeno Manaças.
Toda a gente sabe que o Filomeno Manaças só tem pragas e coriscos para lançar sobre a UNITA e a CASA-CE. Quando repete tantas vezes as mesmas afirmações só demonstra que a sua propaganda a favor do MPLA é demasiado incoerente e insegura. Isso já não é novidade e a repetição, em vez de ser uma virtude do Filomeno, transforma-se num defeito, em ecolália (repetição de palavras e frases que não fazem qualquer sentido, devido a atrasos ou outras disfunções no funcionamento mental do autor).
A grande anedota de hoje surge quando o Filu Menos, perdão o Filomeno, resolve atacar um partido por ser defensor do federalismo. A sua ignorância sobre história obriga-o a refugiar-se em falsos argumentos, vulgarmente designados por Megadisparates. O Filomeno, para rejeitar a proposta de um Estado Federal, refere que quando o federalismo foi implantado nos USA, “nessa época, os Estados Unidos já estavam de tal sorte desenvolvidos e industrializados, quando nós nem sequer com isso sonhávamos e muitos países europeus ainda lutavam para firmar as conquistas da primeira revolução industrial”.
[Os grandes historiadores e economistas dizem que esta afirmação do Filomeno é mentira. Os grandes historiadors e economistas nada percebem de História e Economia, comparados com o Filomeno Manaças. Eu apoio e aplaudo ruidosamente a genealidade do Filomeno, sob a liderança do José Eduardo dos Santos. O Filomeno tem toda a razão, sob a liderança do José Eduardo dos Santos. A implementação do sistema federal nos USA aconteceu graças à liderança do José Eduardo dos Santos, no século XVIII, depois do Agostinho Neto ter desrespeitado os acordos do Alvor, iniciado a guerra civil e efectuado os fuzilamentos do 27 de Maio, que influenciaram decisivamente a vitória no Kuito-Carnaval. O Filomeno Manaças e o José Ribeiro foram os redactores da Constituição dos USA e escreveram o Programa para a implementação do sistema federal (plagiando o Programa Eleitoral do Partido Trabalhista brasileiro), obedecendo às ordens do José Eduardo dos Santos, sob a liderança do José Eduardo dos Santos, usando papel e canetas inventados pelo José Eduardo dos Santos. No século XVIII, “os Estados Unidos já estavam de tal sorte desenvolvidos e industrializados” graças à liderança do José Eduardo dos Santos. O primeiro presidente dos USA foi o José Eduardo dos Santos e os historiadores e economistas, lacaios ao serviço da UNITA, da CASA-CE e de outros partidos da oposição, estão errados quando afirmam que foi o George Washington. Eu estou bastante bem informado porque li, vi e ouvi as resportagens do JA, da RNA e da TPA, que estiveram presentes em todos esses acontecimentos, decorridos no século XVIII, sob a liderança do José Eduardo dos Santos. É de referir, com toda a justiça, de que foi o José Eduardo dos Santos o grande inventor dos jornais, da rádio e da televisão, com os superiores conhecimentos adquiridos na Universidade, em Bá Cu.]
Isto é mentira. Isto é uma enorme mentira. A primeira grande revolução industrial nos USA é muito posterior à implementação do sistema federal, para aí com cem anos de diferença. Por outro lado, não é sacrilégio propor em Angola um sistema federal como existe no Brasil, Alemanha, Argentina, etc. O maior inconveniente, oriundo da implementação de um sistema desse tipo, adviria do facto de ele acabar com a existência da actual Republicana-Monarquia de Angola, com todos os poderes e direitos a nascerem e a desaguarem nas mãos e nos cofres do actual Rei-Presidente e nos membros mais fiéis da sua corte.
Um outro Megadisparate, exageradamente parolo, do Filomeno acontece quando acusa um partido, o defensor do sistema federal, contrapondo as vantagens do poder autárquico. Ò Filomeno, tu não sabes que os sistemas federais, apostam em autarquias fortes e geralmente delegam nos Municípios poderes muito importantes nas estratégias para o desenvolvimento sustentado, a nível local e regional e, consequentemente, nacional? O Municipalismo e o Federalismo são complementares, não adversários/inimigos. O sistema angolano é que é uma aberração, com todos os poderes centralizados, nepotismados e policiados pelo Rei-Presidente que, cobardemente, nem sequer concorre a título individual a esse cargo, tendo encomendado uma Constituição para ser eleito através do voto “paralamentar”.
No sistema federal norte-americano os candidatos, de diferentes partidos, depois das eleições primárias do partido e/ou como independentes, concorrem a título individual às eleições. Não se refugiam e escondem, cobardemente, em listas partidárias, que nada mais são do que carneirismo seguidista, gerador das patéticas disciplinas de voto que, na grande maioria das vezes, são atentados à inteligência e à diversidade de opinião honesta e construtiva. Por isso é que nos USA os eleitores aconselham e responsabilizam os eleitos nas votações, para além de responsabilizarem ou não o partido a que eles pertencem. Os eleitores, para as Autarquias, para os Senados de cada Estado, e para o Congresso e o Senado Federal, podem votar em candidatos de diferentes partidos (excepto para os lugares de Presidência), se entenderem ser essa a maneira de escolherem os mais competentes para defenderem os interesses das populações e os direitos e deveres democráticos. “E o Programa”? Perguntarão o Filomeno Manaças e o José Ribeiro? O Programa não é feito plagiando o do Partido Trabalhista brasileiro!... É pensado e organizado de acordo com as realidades federais, dos Estados e regionais da Nação.
Na Federação de Estados Unidos da América do Norte, no tempo da escravatura, os escravos fugiam para os Estados do Norte para conseguirem a liberdade. Em Angola, a Norte, em Luanda, estão as sedes dos Novos Negreiros: Comité Central do MPLA, JA (Jornal de Apoio), RNA (Rádio dos Negreiros de Angola), TPA (Televisão Política de Angola), os Quartéis Generais dos Milicias (à civil e fardados de polícias), a SECRETA (Sociedade de Estripadores Coordenadora da Repressão e Especializada em Traumatizar e Atentar), etc. Não há para onde fugir em busca da liberdade no território nacional, porque os Novos Negreiros são Senhores Feudais em todas as províncias angolanas e vão gradualmente conquistando muito poder em países vizinhos e irmãos e na antiga potência colonial.

As Eleições vão ser Livres. Antómio Kaquarta



As Eleições vão ser Livres. As eleições em Angola vão ser um jogo cheio de livres, sempre contra a equipa da oposição. Livres, livres e mais livres.
A equipa de arbitragem foi constituída pelos JA (José Arruaceiro), RNA (Retardado Nepotista Açambarcador) e TPA (Tibúrcio Pantomineiro Analfabeto).
Mal a equipa da oposição entrou em campo foi logo assinalado livre, porque não caminhou de acordo com o passo recomendado pela CNE (Comissão Nacional de Espectáculos). Saudou o publico, a equipa de arbitragem assinalou livre, porque não fizeram uma grande vénia, em primeiro lugar, ao PR (Patrocinador Recreativo). Posicionaram-se no campo e foi logo marcado livre, porque o fizeram antes do tempo, desrespeitando as orientações do MPLA (Movimento Para Legislar as Arrumações). Tentaram fazer o aquecimento com a bola e foi logo assinalado livre, porque quiseram tocar na bola sem pedir autorização, por escrito, ao Movimento Para Legislar Arrumações.
Iniciou-se o jogo. Os jogadores da oposição entraram na grande área do adversário, que é o campo todo, e foi livre, porque invadiram propriedade alheia, pertença da equipa do JES (Jogadores Ensinados a Surripiar), sem autorização. Tentaram tocar na bola e foi imediatamente assinalado livre, por tentativa de prática de jogo perigoso. Desmarcaram-se e foi livre, porque estavam fora de jogo. Protestaram, foi marcado livre e mostrado o cartão vermelho, amarelo e preto, porque desrespeitaram a equipa de arbitragem. Correram e foi assinalado livre, por desobedecerem às regras de trânsito, deslocando-se a altas velocidades. Pararam, foi assinalado livre, porque estavam a impedir a circulação do trânsito, promovendo engarrafamentos que poderiam conduzir a protestos e outras manifestações. Tentaram fintar, foi logo assinalado livre, por quererem fazer jogo sujo. Marcaram golo e a equipa de arbitragem mandou assinalar esse resultado a favor da equipa do JES, porque o jogo foi organizado pela equipa do JES, o campo é da equipa do JES, ambas as balizas são propriedade da equipa do JES e os árbitros foram pagos pela equipa do JES.
No dia seguinte, os órgãos de informação deram grande destaque à grande vitória da equipa do JES. O JA (Jornal dos Arruaceiros) elogiou a enorme independência da equipa de arbitragem e a grande superioridade demonstrada pela equipa do JES. A RNA (Rádio do Nepotismo Autorizado) ocupou todos os noticiários e programas desportivos e recreativos a elogiar a imparcialidade da equipa de arbitragem e a relevar a enorme preparação física e táctica da equipa do JES, que impôs uma derrota humilhante à equipa da oposição. A TPA (Televisão Protectora dos Açambarcadores) ocupou as 24 horas do seu tempo de antena com muitos noticiários e várias reportagens sobre a grande vitória da equipa do JES e sobre a competência da equipa de arbitragem, que fez cumprir as leis da CNE, marcando livres, livres e mais livres, sempre e só, contra a equipa da oposição, que revelou falta de preparação e desconhecimento das regras de jogo no campeonato eleitoral de Angola.
Os órgãos de informação oficiais foram unânimes na conclusão final acerca do jogo das eleições. Todos afirmaram que foram Livres, muitos Livres, cheio de Livres. O resultado final não reflectiu o número de golos marcados. Os organizadores informaram a população, em geral, e a CNE, em particular, de que o resultado foi ampliado, a favor da equipa do JES, para pagar a utilização do campo do JES por parte da equipa da oposição, para compensar as despesas efectuadas com a equipa de arbitragem, escolhida pelo JES, que fez respeitar as leis da CNE, com uma direcção de equipa escolhida e empossada pela equipa do JES, e para remunerar os organizadores do jogo, pertencentes à equipa do JES.