Lisboa -
O magazine radiofónico emitido de segunda a sexta-feira nas antenas da
RNA/Benguela, em língua nacional Umbundo, corre o risco de vir a ser um foco de
conflito eleitoral, em função a onda de campanha política descarada a favor do
MPLA.
Com os seus realizadores e apresentadores,
identificados como “activistas do MPLA” , César Cangue, Pedro Largo e
companhia, introduziram no referido programa um espaço sobre eleições onde
através de convidados ligados ao partido governante, humilham os partidos da
oposição e descredibilizam as suas intenções eleitorais.
No mais recente
espaço (terça-feira) os mesmos activistas políticos do regime e
auto-intitulado jornalistas, foram longe nas suas abordagens
referentes a actividade dos partidos na oposição quando apelavam aos
ouvintes para que não votassem em pessoas que fumam liamba, alcoólicos e
confucionistas.
Seguindo na mesma
linha, afirmaram que não se deixem enganar com os políticos que dizem resolver
todos os problemas como os da educação ou de outra natureza, porque no mundo
não existe nenhum país sem problemas “até mesmo nos Estados Unidos da América e
no Brasil há problemas” … Em Portugal o Sócrates quando foi primeiro ministro
prometeu baixar os impostos e não conseguiu e perdeu as eleições por isso,
fiquem atentos aos políticos da oposição” exemplificaram os jornalistas (?)
O espaço
radiofónico considerado com um de grande audiência da estação emissora estatal,
emitido das 5 as sete horas da manha, já foi utilizado na mesma senda a quando
das manifestações já agendadas para Benguela.
Em todos os casos,
os mesmos apelavam as pessoas a não aderirem porque os seus promotores
pretendiam voltar a guerra. Como reforço ao apelo, evocavam os danos da guerra
do passado para justificar os anti- manifestações.
Informações colhidas
pelo Folha-8 dão conta que a atitude dos mesmos jornalistas já causou
dissabores em que colocou em causa a sua integridade física, quando um grupo de
kupapatas fartos da linha editorial do referido programa tentaram agredir um
dos integrantes da equipa identificado como César Cangué.
O comportamento e
atitude do magazine em umbundo da RNA/Benguela, coloca assim mais uma vez em
causa a lei constitucional e a dos partidos políticos que prevê igualdade no
tratamento dos partidos políticos por parte da comunicação social pública e
cria também uma má imagem ao processo eleitoral quanto a sua transparência.
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