O general Zé Maria, irrascível comanditário da pureza disciplinar que já lhe valeram alguns dissabores, v viveu recentemente um verdadeiro desastre pessoal: foi ameaçado de morte por um capitão da UGP, portanto, por um dos seus subordinados. Imaginamos sem dificuldade alguma o trauma que lhe foi causado por essa intempestiva reacção do capitão que o ameaçou. Estamos conscientes de que o que se passou depois disso, com todos os outros sodados da UGP, alguns deles com alta patente, a porem-se do lado do capitão e a obrigar o general a uma retirada estratégica, encolhido e de mansinho, para que o drama não aconteça. Tudo isso, é inegável, causou-lhe imensos prejuízos, não só psicológicos, mas também para o prestígio de que fruía no seio da sua prestigiosa corporação.
Dada a conjuntura criada por esta sequência de acções e reacções, assim como as que se seguiram, compreendemos que o general Zé Maria teria podido sentir que a profunda arranhadela sofrida pudesse ser levada negativamente em conta pelo presidente da República, o seu idolatrado Chefe Supremo, e que se lhe apresentasse como sendo urgente dar uma de mão à adorada imagem do “Homem”, com uma boa (monumental) escovadela da sua imagem, contrapondo assim algo de válido às suas derrapagens. E foi o que ele fez, fazendo publicar no Jornal de Angola uma dos panfletos mais inflamados jamais escritos à glória imortal de JES!
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