Luanda - Os autóctones escutaram e interpretaram de
diferentes ângulos a mensagem de fim do ano do Presidente da República, José
Eduardo dos Santos, proferida no 27 de Dezembro de 2013, e a maioria, bifurca
na opinião do texto ter sido um amontoado de frases inacabadas e inócuas ante
realidades duramente acabadas e vividas pelos eleitores e restantes cidadãos,
estimulando desta feita a indignação capaz de alimentar a veia reivindicativa,
através de manifestações, com respaldo – por regra esquecido pelo diferentes
poderes - constitucional (art.º 47.º).
A primeira grande manifestação, cuja mobilização já
começou, no interior da cozinha do angolano, muitos com as panelas vazias há
demasiado tempo, prende-se com a necessidade de defesa da personalidade
jurídica do cidadão, uma vez, neste aspecto, os legisladores também se terem
demitido por omissão, no caso da partidarização do Bilhete de Identidade de
Cidadão Nacional.
O BI, enquanto documento pessoal, repito, não pode
continuar a ter as figuras de Agostinho Neto e José Eduardo dos Santos, numa
clara banalização dos símbolos nacionais e documentos dos cidadãos. O ministro
da Justiça deveria justificar-se no Parlamento, mas na impossibilidade de tal
vir a acontecer pela pintura ideológica e partidária da casa das leis,
resta-nos a rua, para levar o Governo a mudar este importante documento.
Não repousarei e nisso, contarei com a força e
vitalidade do partido PACAZA, neste momento, a maior formação partidária, com
membros oriundos de todas as franjas ideológicas da sociedade e com uma visão
nacionalista democrática, visando não banalizar os símbolos.
A segunda manifestação, e esta vai mobilizar e
paralisar por muitos dias, semanas e meses as cidades do país, será dos
pequenos empreendedores angolanos de viaturas e peças, das zungueiras e dos
vendedores ambulantes, que face à política danosa e dolosa do Governo, contra
os pobres autóctones, decidiu mandar para o desemprego milhares de angolanos,
com a bizarra e anti-patriótica proibição de importação de viaturas com mais de
três anos, única no mundo, para escancarar as portas aos estrangeiros. Os
ambulantes, por ter sido feita uma lei que visa retirá-los da rua, quando a
incompetência do Governo é a grande responsável pelo desemprego, levando a que
o povo prefira ganhar a vida honestamente ao invés de abraçar a delinquência e
a prostituição. Prefiro uma cidade com vendedores ambulantes a uma cidade
pintada com delinquentes em cada esquina.
Não se pode retirar a opção aos cidadãos, pois quando
um Governo prende quem está na rua a vender honestamente e faz a mesma coisa
com os delinquentes, está a dizer aos primeiros para abraçarem o crime, pois de
qualquer forma ele vai parar à cadeia ou ao fuzilamento.
Vamos continuar a reivindicar e a fazer das
manifestações uma forma de luta democrática contra as desigualdades e a
discriminação, para que finalmente tenhamos maior justiça, o fim dos
assassinatos políticos e uma verdadeira reconciliação.
Finalmente, disse que o PACAZA era o maior partido de
Angola, superando o MPLA, a UNITA, a CASA-CE e a FNLA juntos. Actualmente temos
mais de 12 milhões de membros. Não tenham dúvidas, muitos membros desses
partidos, são nossos militantes e membros na sombra e mesmo ao sol, basta
verificar os relatórios das ONG's internacionais. PACAZA: (Partido dos
Candongueiros, Ambulantes e Zungueiras de Angola). Agora digam lá quem é o
dirigente, o milionário que não é do nosso partido e não faz candonga,
principalmente, os governantes, com os fundos financeiros do erário público?
*Voltarei
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