terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

O que fazer amanhã, já hoje se possível! - William Tonet


Luanda - Os autóctones escutaram e interpretaram de diferentes ângulos a mensagem de fim do ano do Presidente da República, José Eduardo dos Santos, proferida no 27 de Dezembro de 2013, e a maioria, bifurca na opinião do texto ter sido um amontoado de frases inacabadas e inócuas ante realidades duramente acabadas e vividas pelos eleitores e restantes cidadãos, estimulando desta feita a indignação capaz de alimentar a veia reivindicativa, através de manifestações, com respaldo – por regra esquecido pelo diferentes poderes - constitucional (art.º 47.º).
A primeira grande manifestação, cuja mobilização já começou, no interior da cozinha do angolano, muitos com as panelas vazias há demasiado tempo, prende-se com a necessidade de defesa da personalidade jurídica do cidadão, uma vez, neste aspecto, os legisladores também se terem demitido por omissão, no caso da partidarização do Bilhete de Identidade de Cidadão Nacional.
O BI, enquanto documento pessoal, repito, não pode continuar a ter as figuras de Agostinho Neto e José Eduardo dos Santos, numa clara banalização dos símbolos nacionais e documentos dos cidadãos. O ministro da Justiça deveria justificar-se no Parlamento, mas na impossibilidade de tal vir a acontecer pela pintura ideológica e partidária da casa das leis, resta-nos a rua, para levar o Governo a mudar este importante documento.
Não repousarei e nisso, contarei com a força e vitalidade do partido PACAZA, neste momento, a maior formação partidária, com membros oriundos de todas as franjas ideológicas da sociedade e com uma visão nacionalista democrática, visando não banalizar os símbolos.
A segunda manifestação, e esta vai mobilizar e paralisar por muitos dias, semanas e meses as cidades do país, será dos pequenos empreendedores angolanos de viaturas e peças, das zungueiras e dos vendedores ambulantes, que face à política danosa e dolosa do Governo, contra os pobres autóctones, decidiu mandar para o desemprego milhares de angolanos, com a bizarra e anti-patriótica proibição de importação de viaturas com mais de três anos, única no mundo, para escancarar as portas aos estrangeiros. Os ambulantes, por ter sido feita uma lei que visa retirá-los da rua, quando a incompetência do Governo é a grande responsável pelo desemprego, levando a que o povo prefira ganhar a vida honestamente ao invés de abraçar a delinquência e a prostituição. Prefiro uma cidade com vendedores ambulantes a uma cidade pintada com delinquentes em cada esquina.
Não se pode retirar a opção aos cidadãos, pois quando um Governo prende quem está na rua a vender honestamente e faz a mesma coisa com os delinquentes, está a dizer aos primeiros para abraçarem o crime, pois de qualquer forma ele vai parar à cadeia ou ao fuzilamento.
Vamos continuar a reivindicar e a fazer das manifestações uma forma de luta democrática contra as desigualdades e a discriminação, para que finalmente tenhamos maior justiça, o fim dos assassinatos políticos e uma verdadeira reconciliação.
Finalmente, disse que o PACAZA era o maior partido de Angola, superando o MPLA, a UNITA, a CASA-CE e a FNLA juntos. Actualmente temos mais de 12 milhões de membros. Não tenham dúvidas, muitos membros desses partidos, são nossos militantes e membros na sombra e mesmo ao sol, basta verificar os relatórios das ONG's internacionais. PACAZA: (Partido dos Candongueiros, Ambulantes e Zungueiras de Angola). Agora digam lá quem é o dirigente, o milionário que não é do nosso partido e não faz candonga, principalmente, os governantes, com os fundos financeiros do erário público?

*Voltarei

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