domingo, 29 de julho de 2012

O país está a saque. Título de capa do FOLHA 8, de 28 de Julho 12


O país está a saque. Angola altamente hipotecada. As riquezas de Angola pertencem aos estrangeiros e se tudo continuar na mesma será muito pior. Sem sombra de dúvida, a riqueza de Angola, em conformidade com o número de habitantes, ou melhor de angolanos, daria para cada um ter no mínimo uma bicicleta e em cada casa ter um carro; cada cidadão beneficiar de assistência médica gratuita, escola gratuita até à Universidade; cada parturiente beneficiar de subsídio de gravidez, etc.
Trinta e dois militares pertencentes ao Quartel-general das Forças Armadas Angolanas acusam a Direcção de Gestão e Carreira da mesma instituição de pedir em troca da promoção das tropas o valor de 624 mil Kwanzas, situação que se vive desde os tempos remotos.
Tropas angolanas desertam e recusam morrer sem glória.Kabila quer apoio militar de Dos Santos em troca de diamantes.
Por falta de pagamento. Ex-militares ameaçam sair à rua no dia das eleições.
Um gigante de pés de barro mostra fraude. Media estatal mostra natureza perversa JES/MPLA.
Manobras do roubo. Os chineses doam-nos 1, tiram-nos 10.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Angola precisa vencer o MPLA e a corrupção



Não há nada mais estúpido na vida que culpar sempre os outros pelos nossos fracassos e pelas nossas incompetências; nada mais idiota, ridículo e macabro que ver no clamor dos outros o fim, transformado em desgraça, que não evitamos como consequência das nossas inaptidões.

Nelo de Carvalho*

Acusar a oposição de invadir um quartel das Forças Armadas Nacional, ou influenciar numa rebelião de revoltosos que há mais de dois anos não recebem seus salários, é desespero de um governo que sempre teve como agraciamento a burrice do próprio povo que governa ou então do humilde cidadão. É a burrice de quem se diz que tem em sua volta milhões de simpatizantes para corroborar tudo o que tem feito, quando na verdade o tudo tem despencado em direção ao inferno e à decadência.

É por isso, e outras coisas mais, incluindo a quantidade de substantivos abstratos referenciado no parágrafo anterior, que urge a necessidade de se dar um basta a tudo isso que vemos por aí: difamações, culpas, arrogâncias e mentiras. Em que os acusados estão sempre na mesma direção. A pergunta é a seguinte: se reservistas ou desmobilizados do exército estão há mais de dois anos sem receber seus vencimentos e/ou salários, de quem poderá ser a culpa de tais falhas? Por que é que o MPLA vive de presunção absoluta? Acreditando que tudo que acontece com o mesmo merece absolvição incondicional. Quem é – e onde está escrito- que pelo fato de serem os guerrilheiros do MPLA os libertadores do país, isso dá a eles uma espécie de direitos absoluto sobre tudo que há por de baixo dos céus de Angola?

Essa presunção -indiscriminada e abusiva- chega a ser uma falta de caráter de quem não sabe fazer política e habituou-se a todos os mimos na Arena Nacional. É além de tudo prova de que as coisas não andam bem. E, por isso, a culpa é de quem governa, é de quem diz -de maneira cínica, desrespeitosa e não convincente- que tudo faz para melhorar a situação da população. A culpa não pode ser de quem reclama, crítica ou, ainda, de quem por direito de legitimidade tem direito a vigiar. Vigiar e controlar os atos do executivo é função da oposição e de quem estiver disposto para dedicar-se a tal empreitada.

Um governo que historicamente ao se revelar incompetente tinha e tem como melhor estratégia de governação “ jogar tudo debaixo do tapete”, em que os resultados daquela estratégia sempre tiveram como objetivo único inocentar o chefe de tudo; e culpar ou vitimar até mesmo pessoas inocentes em nome de se salvar uma transparência; a transparência de quem sempre foi inepto e inqualificável para ser líder ou dirigente político; que, na verdade, chegou onde chegou por força do destino e de toda sorte do que por desempenho intelectual e destaque pela sua capacidade de criação política. Esse governo não tem direito de apontar inimigos, de desqualificar quem quer que seja, tergiversar fatos; porque as vítimas da desgovernanção e da má administração somos nós os governados.

José Eduardo dos Santos, além de uma farsa, retrata o fracasso de um povo, a derrota de uma nação diante do que se propôs e nunca alcançou: saúde, educação, emprego, direito a viver em suas terras sem serem considerados cidadãos de segunda categoria. E enquanto insistirem no sujeito, inútil, não haverá possível vitória. Uma coisa é o MPLA vencer diante de suas incompetências, a outra, é o povo Angolano sair vitorioso diante do que se propôs neste últimos trinta e cinco anos. Sabe-se que o MPLA tem vencido até diante daquela (a incompetência). E o povo? O povo angolano é o único derrotado diante das inépcias dos dirigentes do MPLA ou da direção magnanime e clarividente que esse partido gaba-se de ter.

Todos os momentos são momentos possíveis e adequados para se mudarem os destino desse país e se produzirem transformações necessárias. Até o dia 31 de agosto que aí vem pode ser um deles. É por isso que agora a quadrilha está preocupada. E vive acusando seus opositores e “disparando por todas as direções”. Vivem chamando de traidor quem no passado os apoio e agora não se convencem mais com suas falcatruas.

Ora vejamos, elementos das Forças Armadas ficam até dois anos sem receberem os seus vencimentos e salários, e ainda fazem acreditar a população que tudo isso é um complot de quem está na oposição. Que o mor chefe, o capitão da nau corrupta e cheio de bandidos, nada tem haver com isso. Só faltou mesmo, entre todos os culpados, culparem a minha avó ou mamãe, que todos os dias de manhã precisava e , talvez, ainda “precise” de se levantar cedo para ir à praça fazer os seus negócios e quitandas. Só vai faltar, incluindo nessas, culpar as kínguilas (as mulheres das vítimas) vítimas indiscutíveis desse sistema corrupto, que dá preferência as namoradas misseis, amantes concubinas na condição de prostitutas protagonizadoras da poligamia.

Num pais onde todo mundo é responsável pelos seus atos, e até pelos atos imundos de um governo boçal que só sabe procurar culpados além dos seus atos, faz-se tudo para se proteger e inocentar o chefe de uma seita. O pais inteiro, numa posição de inercia e de incapacidade de enxergar aonde está e vem o mal de todas as coisas, prefere sair, como sempre, caçar as “bruxas” como vítimas. Angola é um país de zumbis, uma nação neutralizada pelos vampiros chupa sangue, que têm, agora, e sempre, a capacidade de renascerem dos males que esses mesmos vampiros têm produzido a nação.

Não adianta mais acreditar num processo eleitoral justo e humano, em que as pessoas não são enganadas, um processo em que as pessoas só precisam votar – de preferência de forma direcionada, bitolada e todas elas enganadas, é uma espécie de estupro mental, em que a vítima não tem condições nunca de se defender- e quando tenta ainda por cima é constrangida. Assim é o MPLA com todo povo –de Cabinda ao Cunene-; assim é o MPLA com os seus “inimigos”; assim é o MPLA com o cidadão comum e o pacato cidadão.

Diante de tudo isso – pelo menos para esse formador de opinião-, precisamos entender que as próximas eleições não serão mais as eleições em que o cidadão precisará se definir ideológica ou mesmo politicamente. O MPLA foi vencido por todas as ideologias, sucumbiu diante delas. A prova é a adesão desse partido aos estilos e vícios burgueses de governança que em nada retratam as necessidades dos angolanos em geral. A prova é a existência de um Estado idealizado pelos corruptos e os criminosos que militam nesse partido – com a fachada de defenderem interesses nacionais- virados a defenderem interesses grupais.

As próximas eleições não podem ser vistas como as eleições do medo e da chantagem; não podem ser as eleições do cidadão revolucionário e do cidadão reacionário; ou, ainda -como sempre nos habituaram-, como quem é do MPLA e quem não é. É preciso deixar todo simbolismo de lado e clamar pela angolanidade.

Angolanidade aqui significa sermos pragmáticos diante dos problemas que atravessam o país. Esta angolanidade consiste na não diabolização do próximo que está vivo e diante de nós lutando pela mesma coisa. E quando digo os vivos, estou querendo ser explícito, dizendo: que Savimbi já morreu, Agostinho Neto já morreu e idem o velho Holdem Roberto. Mas nós, milhões de Angolanos, estamos vivemos e não queremos e nem merecemos viver só de simbolismo. Queremos mais do que isso: educação para os nossos filhos, saúde para as nossas mulheres e crianças e fazer com que os nossos olhos enxerguem as mesmas criaturas com alegria em vez de tristeza.

A luta pela mesma coisa não será possível se não tivermos em Angola poderes equilibrados e representativos para todas as forças políticas. A paz e a boa convivência entre os Angolanos passa por esse equilíbrio. Em que o MPLA não precisa mais ser visto como o dono do poder, ser onipresente e onipotente nos poderes que formam e pertencem a República de Angola. Por isso, chegou a hora não só de vencer a corrupção, mas de vencer também o próprio MPLA e todas as suas falcatruas e a direção que esse partido diz ter como exemplo.

O MPLA pode e tem direito de sobreviver, mas para isso precisa reconhecer que está atolado num lamaçal chamado José Eduardo dos Santos. Esse e todos os confrades da seita é e são os que deveram ser as vítimas das próximas eleições. O Povo angolano não tem porque se sentir culpado em penalizar o MPLA. Hoje penalizar esse partido é penalizar os corruptos e salvar os Estado da inercia viciosa em que foi levado pelo Presidente da República. É, sim, salvar a nação das ambições pessoais, das vaidades, do orgulho individual de certos indivíduos.

Quem merece a vitória final é o Povo e não o MPLA. Se o MPLA não se dá o trabalho de rejeitar os corruptos do seu seio, então, o povo tem obrigação moral e política de rejeitar o MPLA.




terça-feira, 24 de julho de 2012

A trafulhice do condomínio Interland. Venho por meio desta enviar um artigo pelo que peço anonimato:


Sou morador do condomínio Interland, condomínio este pertencente ao grupo mateba ou seja Intertransportes sito no morro bento. Aquando a compra dos apartamentos, não nos foi informado a mensalidade do condomínio, apenas deram uma previsão do que seria, previsão esta de 400usd. Depois de comprado o apartamento, ficamos a saber que o condomínio a ser pago é de 700usd. Completamente um absurdo, um apartamento no valor de 300 e tal mil dólares e estar a pagar este balúrdio, é como se estivesse a pagar renda de uma casa. Foi criada uma comissão de moradores no sentido de se resolver esta situação, mas a verdade é que a direcção daquela instituição está intermitente alegando que os valores não mudarão e que são apenas um deposito e que no final do ano vão apresentar as contas todas. Segundo eles 400usd são para segurança, limpeza, jardins, agua e o restante é para o combustível e manutenção do gerador. Um prédio tem 16 apartamentos, totalizam por mês 11.200usd. O condomínio tem mais de 30 prédios, façam as contas e já saberão qual o valor auferido por eles.
Fazendo uma comparação com outros condomínios, ginga isabel 150usd mensal, riviera 650usd mensal, como é possivel um condominio pagar mais do que estes condominios se nem sequer é um condomínio de luxo. Temos problemas com a agua, não é potável, parece ser salobra, como é possível um condomínio no morro bento ter problemas de agua e energia enquanto que condomínios mais distantes não tem este problema. O condominio carece de fiscalização séria e não de uma fiscalização corrupta, porque o que tudo indica estão a tirar partido e com um serviço cheio de défices.

Jornalistas do Folha 8 na DNIC



Luanda - De acordo com informações recebidas, a DNIC, muito  por orientações superiores, voltou ao encalço do FOLHA 8. Jornalistas, Félix MIRANDA, Fernando BAXI e António SETAS, estão  na DNIC na sequência daquilo que se pensava ser o “remoto” caso das foto-montagens de Dezembro de 2011 que caracterizavam o Presidente da República José Eduardo dos Santos; o Vice-presidente Fernando da Piedade – Nandó e o Chefe da Casa Civil, Vieira Dias Kopelipa, como responsáveis pelo desvio dos dinheiros do Povo.
Finalmente neste mês de Julho, a Polícia de Investigação Criminal – DNIC, meteu-se a todo o gás, passando em tão-pouco tempo os jornalistas, de simples declarantes a arguidos e interrogados já pelo Procurador.

Os três visados teriam comparecido nas instalações da Polícia Criminal na sexta-feira passada, 20 de Julho, mas por imperativos ligados ao Fecho do Jornal, a audiência foi adiada para esta terça-feira, 24 de Julho às 10 horas.

Não se pode adivinhar o que se poderá passar, mas pode se esperar tudo, já que, as declarações da direcção  narração dos factos logo após o incidente teria aclarado o Folha 8 não ser o responsável da confecção das imagens, independentemente dos sinais dos tempos e o avanço das Novas Tecnologias, facto não tido em conta pelas autoridades que a todo o custo colocaram uma cabeça a prémio.

Os do MPLA engoliram sapos


Além da “recomendação” do seu conselho familiar no sentido de declinar, na próxima legislatura, qualquer oferta ou proposta para ocupação de cargos públicos, é de todo improvável que Fernando da Piedade Dias dos Santos “Nandó” pondere outras formas de manifestar a José Eduardo dos Santos (JES) o seu desagrado pelo modo pouco católico como soube que não seria reconduzido ao posto de vice-presidente da República.


Apesar da sua condição de coadjutor do Presidente da República, Nandó não teve informação privilegiada. Ele soube que não seria reconduzido e, portanto, estava fora da corrida para a sucessão presidencial no mesmo momento em que José Eduardo dos Santos comunicou a sua decisão a todos os membros do Bureau Político do MPLA. Em paragens onde se cultiva o respeito ao próximo, sobretudo quando esse próximo é, pelo menos formalmente, o braço direito, JES teria chamado Nandó para, em privado e em primeira mão, lhe comunicar as suas novas opções.

Além de, sem qualquer aviso prévio, se ver empurrado para fora da cadeira de vice-presidente da República, Nandó viu também o seu nome colocado no 14° lugar da lista de deputados, muito distante da nova coqueluche de José Eduardo dos Santos, e também de outros militantes que não têm – nem de perto, nem de longe – a sua expressão no MPLA. Tal é, por exemplo, o caso de Gustavo Conceição, muito provavelmente compensado por haver conseguido, em pouco tempo, o que vários países africanos procuraram, porfiadamente, anos a fio: tirar de Angola o título de campeão africano de basquetebol masculino com o que, outro feito dele, tornou problemática a participação da nossa equipa nos Jogos Olímpicos de Londres.

Mas apesar do tratamento pouco consentâneo que José Eduardo dos Santos lhe dispensou, o vice-presidente da República engoliu estoicamente o sapo e não fará nenhum gesto, de que o “Chefe” se possa aperceber, que denuncie algum desconforto estomacal.

Outros pesos pesados do partido (e nisso José Eduardo dos Santos deve ser “felicitado” por haver distribuído o mal por várias capelas) também engoliram sapos muito bem nutridos. Tais são os casos de Roberto de Almeida (que deve o 3° lugar na lista não porque o “Chefe” o considere merecedor de tal mas devido aos fretes que faz), João Lourenço, um antigo secretário-geral do MPLA, que apesar de ser vice-presidente da Assembleia Nacional pelo segundo mandato consecutivo, se viu, agora, suplantado por Joana Lina, sua inferior hierárquica. Mas não é apenas o 16° lugar que incomoda João Lourenço . O que pode criar algum frisson “lá em casa” é o facto de José Eduardo dos Santos ter colocado Ana Dias Lourenço, mulher de João Lourenço, em 8° lugar, exactos 8 furos acima do marido. Considerando que a ordem de precedência da lista não é alfabética, então tem-se que na avaliação política de José Eduardo dos Santos (e vá-se lá saber porquê) Ana Dias Lourenço, actual ministra do Planeamento, conta mais do que o marido.

Resignado com o tamanho do sapo que lhe coube está, igualmente, o actual presidente da Assembleia Nacional, Paulo Kassoma. A posição em que foi colocado na lista dos candidatos do MPLA quase sugere que faltou muito pouco para ser empurrado para o banco dos suplentes. O 41° lugar é demasiado desonroso para quem está no exercício do cargo. Sobretudo quando todos os seus lugares-tenentes (primeiro e segundo vice-presidentes e secretária da mesa) estão colocados em posições bem acima da sua.

Nandó, Roberto de Almeida, João Lourenço, Paulo Kassoma, Dino Matross e outros (bem comportados) não engoliram apenas um sapo: foram dois! O primeiro, já vimos, é a ordem de precedência na lista de deputados.

O segundo, bem maior e que por isso mesmo continua atravessado na goela de muitos deles, é a forma como José Eduardo dos Santos impôs a todos o nome da Manuel Vicente para a vice-presidência da República.

Ao Maka Angola chegaram informações segundo as quais a contestação ao nome de Manuel Vicente atravessa quase todo o Bureau Político do MPLA. Até mesmo conhecidos incondicionais de José Eduardo dos Santos, como Bornito Sousa, Dino Matross ou Gonçalves Muandumba ( este homem ficará irremediavelmente “paraplégico” no dia em que Sua Excelência partir, seja por vontade própria, seja empurrado pela vontade popular) andarão descontentes com a forma como o chefe de todos eles conduziu o dossier Manuel Vicente. Mas, tarimbados no ofício de tudo engolir, todos eles se resignam a mais um capricho de José Eduardo dos Santos. Afinal, a subserviência e a resignação estão no “DNA” dos camaradas…

Por isso mesmo serão descabidas informações que circulam em Luanda segundo as quais, nos últimos dias, alguns membros do Bureau Político do MPLA estariam a fazer romaria a uma famosa quinta que um deles possui no Kikuxi com o propósito de “reflectirem” sobre os últimos acontecimentos.

Nas actuais circunstâncias é muito improvável que membros do Bureau Político ousassem oferecer o rosto a uma contestação contra quem lhes serve os miseráveis pratos de lentilhas com que se contentam. Nem mesmo em sonho ousam fazê-lo.

José Eduardo dos Santos conhece todos e cada um dos cordeiros do seu rebanho. E sabe-os incapazes de sentimentos tão elementares como a indignação ou a revolta. Como se diria em linguagem popular, estão todos dominados. Em 1998 afastou da direcção do MPLA dois antigos secretários-gerais (Marcolino Moco e Lopo do Nascimento) sem que o céu desabasse. Em 2003 fez o mesmo a João Loureço, outro antigo secretário-geral, e ninguém lhe pediu contas. Antes, em 2000, mandou para casa o venerado e temido Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Angolanas (FAA), general João de Matos, sem que a estrutura castrense tivesse abanado minimamente. E para mostrar que tinha a situação sob absoluto controlo, JES partiu tranquilamente para uma visita oficial aos Estados Unidos.

Agora repetiu o esquema. Depois de haver, mais uma vez, vergado tudo e todos aos seus caprichos (e na passada criou o maior pandemónio de que há memória na comunicação social pública, deixando a titular da pasta, Carolina Cerqueira, em estado de humilhação), JES foi sossegadamente gozar férias ao Reino de Espanha, plenamente certo do domínio total da situação.

Neste momento de desconfortos estomacais, com a devida vénia, o Maka Angola “dedica” a Nandó, Roberto de Almeida, Paulo Kassoma, João Lourenço, enfim, aos milhares de militantes do MPLA obrigados a empurrar goela abaixo tudo o que José Eduardo dos Santos lhes serve nos pratos, um poema do seu correligionário, o deputado do MPLA, escritor e jornalista João Melo:

«O Cão»

“Cão pontapeado pelo dono
lambe-lhe as botas
Homem servil
é cão supracitado”.

*Makangola